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sábado, 14 de junho de 2014

assim espero

gosto de criar  vitrines, imagino doces estórias.
fisgo olhares de pessoas que passam.

de meninas pequenas que na ponta do pé
esticam o corpo pra espiar mais

e de trabalhadores rurais que em seus tratores
lentamente deslizam de volta pra casa.

será que novas estórias são criadas durante esses olhares?
assim espero!

3 comentários:

Stela Maria Faggin disse...

"...eu mesma já me peguei espiando e imaginando fábulas através desse quadro vivo que é a sua janela!" bj Stela

Mari Martins Otaguro disse...

Olá Cynthia, tudo bem?
Admiro muito seu trabalho, infelizmente só o conheço pela internet.
Estive em Gonçalves essa semana e sonhava conhecer seu espaço e seus trabalhos de perto, infelizmente não foi possível, ao chegar aí que soube que só abriria a partir de quinta-feira à tarde! Mas, espero poder conhecer em breve!
Parabéns e muito sucesso!
Mari Martins Otaguro

Ary disse...

Caminhando na mesma direção, em sentido contrário, se encontraram em frente à loja.
Ele sempre reparava na vitrine; porém, de cima do trator, deslizando de volta para casa, enxergava apenas o chão e o reflexo das montanhas no vidro.
Ela costumava passar por lá, de mãos dadas com a mãe, voltando da escola. Desse modo, via somente o teto e o reflexo das montanhas no vidro.
Naquela tarde, encontraram-se em frente à loja. Curiosos, refletidos no vidro, tinham receio de entrar. Loja sem preço nas coisas costuma ser cara, disse ele.
Ela queria um presente para mãe que andava tristonha com o abandono do pai, que havia se engraçado por outros reflexos em outras montanhas. Ele queria conhecer a loja.
Venceram o medo e entraram; ele comprou uma lanterna e deu para menina levar para mãe. Ela convidou-o para aparecer por lá, dia desses.
Nova estórias? Assim espero!


Cyn: gostei que vc publicou; envio versão melhorada. Bj